“A partir do momento da concepção, o cérebro da criança é conectado a seu meio ambiente. A interação com o meio ambiente não é apenas um aspecto do desenvolvimento do cérebro, como se pensava; é um requisito absoluto que faz parte do processo desde os primeiros dias no útero.”
“Durante a última década, descobertas revolucionárias na área da Neurociência e da Psicologia, abalaram teorias antigas a respeito das primeiras fases do desenvolvimento, demolindo nossas mais respeitáveis tradições de criação dos filhos. As informações de laboratórios de primeira linha, como os de Yale, Princeton, Rockfeller e outros têm um alcance de tirar o fôlego.
Em geral, quando se trata das primeiras fases do desenvolvimento, os cientistas que não fazem parte do campo da neurociência – inclusive aqueles que dão aulas em universidades que influenciam a opinião pública – defendem pontos de vista mais tradicionais. A maioria dos geneticistas, Por exemplo, ainda pensam que os genes são os fatores mais decisivos na determinação da maneira pela qual o cérebro se desenvolve. E, até recentemente, a maioria dos psicólogos concordavam que, antes dos 3 anos de idade a experiência teria uma influência limitada sobre a inteligência, as emoções e a estrutura do cérebro. Porém, as últimas descobertas da neurociência prova que essas ideias são incorretas.O cérebro é sensível à experiência ao longo de toda a vida, mas é a experiência tida durante os períodos críticos da vida pré-natal e imediatamente seguinte ao parto que organiza o cérebro.
Agora sabemos o que sempre nos pareceu verdade intuitivamente – que a separação entre psique e corpo, ou natureza e educação, é impossível. Todo processo biológico deixa uma impressão psicológica e todo evento psicológico modifica a arquitetura do cérebro. Em resumo: As primeiras experiências determinam em grande parte a arquitetura do cérebro, natureza e extensão das faculdades mentais dos adultos.
Uma relação segura com um ou dois dos cuidadores principais leva ao desenvolvimento mais rápido das capacidades emocionais e cognitivas. Essas interações não conferem só vantagens temporárias – confere também vantagens permanentes, por serem a ferramenta número um utilizada pela evolução para construir o cérebro.
Estas descobertas surgem em contraposição sobre conceitos errados sobre desenvolvimento infantil, conceitos que nos deixaram perdidos durante anos e anos.
Não podemos mais invocar as fases abstratas de desenvolvimento sugeridas por pensadores como Freud e Piaget, que atribuíam pouquíssima percepção ou cognição à criança com menos de três anos de idade; por mais sedutoras que suas teorias tenham sido durante muitas décadas, elas simplesmente não resistem ao rigor das modernas varreduras do cérebro, nem dos estudos duplo-cego feitos com os recém-nascidos. Não podemos mais apelar para teoria da evolução de Darwin, Como prova de que os seres humanos são autômatos inconscientes impulsionados pelos genes propagar impiedosamente a espécie e à sobreviver, a natureza social da construção do cérebro significa que isso é uma impossibilidade.
Não podemos mais ver os nossos filhos através das lentes de economia – perguntando-nos como a exposição à pobreza ou ao crime vai afetar vida deles – a menos que também levemos em consideração os fatores mais importantes da convivência com a mãe e o pai.”
Este trecho da introdução do livro “O bebê do amanhã” de Thomas R. Verny nos mostra coerência total com os ensinos deixados pelo Dr. Hamer na Nova Medicina Germânica. Consideramos sim, de extrema importância, este período que vai desde a concepção até os primeiros anos de vida, para o estabelecimento de adaptações às situações de vida experenciadas, que irão culminar tanto em padrões comportamentais quanto em sintomas físicos na criança e no adulto. São os chamados Programas Biológicos de Sobrevivência, segundo Hamer.
Ainda, de forma muito inteligente, Thomas reposiciona a velha analogia do cérebro como um computador. Diz:
“Embora o cérebro tenha certas coisas em comum com os computadores, ele é muito mais sutil e complexo. Em primeiro lugar, é um organismo vivo capaz de crescer, multiplicar-se e morrer. Em segundo lugar – e este é um fator realmente crucial – ele é banhado por uma sopa bioquímica de hormônios, neurotransmissores e polipeptídeos que lhe permitem estabelecer uma comunicação de mão dupla com regiões extensas do corpo. São essas moléculas mensageiras que permitem às mães grávidas se comunicarem tão intimamente com seus filhos ainda por nascer e, mais tarde, são essas mesmas moléculas correlacionadas à tendências à depressão ou à alergia, à ansiedade ou à calma.”
Estas afirmações de Thomas encontram respaldo nas pesquisas mais atuais no campo da epigenética. Pesquisadores como Bruce Lipton e Candace Pert já constatavam cientificamente tais correlações desde o início deste século.
Na Microfisioterapia, frequentemente trabalhamos tanto em crianças quanto em adultos, sintomas e padrões comportamentais originados no período intra-uterino e nos primeiros anos de vida – com muita eficiência.
Os novos estudos revelam que toda experiência dos primeiros tempos, da concepção em diante, afetam materialmente a arquitetura do cérebro. Da viagem até o canal vaginal por onde vai nascer, até as tardes na pracinha, a criança vai registrar cada experiência que tiver no circuito do seu cérebro.
Sempre que amanhã acaricia seu bebê, sempre que o pai brincar com a filha ou filho, estes atos fisiológicos são convertidos instantaneamente em processos neuro hormonais que transformam o corpo e criam os circuitos do cérebro da criança.
Toda vez que uma criança traumatizada ou sofre maus-tratos, a integridade do circuito é ameaçada; se o trauma foi muito profundo, arquitetura do cérebro ficará lesada de forma permanente. Tudo o que a mãe grávida sente e pensa é comunicado por meio de neuro-hormônios à seu filho por nascer, tão inevitavelmente quanto lhes são transmitidos o álcool e nicotina.
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Carinhosamente,
Simone Carvalho