Na ocorrência de um evento que traga para a mente emocional, por um mínimo detalhe, fortes sensações do passado, a reação que se desencadeia é idêntica aquela vivida originalmente.
Poucos sabem, mas nossa mente emocional possui uma lógica de funcionamento, que é baseada na associação, o que lhe confere uma característica associativa.
Significa que nós registramos elementos que vão simbolizar uma realidade ou que nos faça lembrar desta realidade. Estes símbolos são para nós, a própria realidade. Esse é o motivo pelo qual simples metáforas e imagens têm comunicação direta com a mente emocional.
O Dr. Hamer, descobridor das Leis Biológicas, descreve a forma como nossa mente associa símbolos no momento de um hiperestresse, e chama essas associações de ‘Trilhos do Conflito’. Mais tarde, mesmo passando-se anos, se toparmos com qualquer um destes símbolos associados, os trilhos, poderemos recair automaticamente no modo de hiperestresse.
Na ocorrência de um evento que traga para a mente emocional, por um mínimo detalhe, fortes sensações do passado, a reação que se desencadeia é idêntica aquela vivida originalmente. Isso pode ser problemático, pois acontece de forma rápida e automática, porquê às vezes não percebemos que o que valeu antes agora não vale mais.
Tudo isso acontece na maioria das vezes num nível fora do nosso campo de consciência, e podemos passar por isso sem perceber, até mesmo frequentemente.
Um exemplo disto é uma situação onde em determinada data do ano, estamos sempre com os mesmos sintomas. Pode ser depois de uma data aniversário de um evento, uma perda por exemplo, ou um aniversário de um conflito relacional intenso que se passou. Por anos, a pessoa pode ter sintomas logo depois destas datas. Isso pode sinalizar, que a mente emocional fez uma associação da data com o evento, e assim como aconteceu após a primeira ocorrência, os mesmos sintomas ressurgem após esbarrar no trilho da data.
Uma pessoa adulta que, durante a infância, sofreu castigos dolorosos e por isso sentia muito medo diante de uma cara raivosa, terá sensações similares ao ver uma cara raivosa, que efetivamente, não constitui uma ameaça.
O conceito de mente associativa sempre foi muito considerado na filosofia e na psicologia. Faz com que a mente emocional tenha uma característica atemporal. Os trilhos que associamos, mesmo na infância, ainda repercutem as mesmas respostas emocionais e fisiológicas do organismo, ainda que não acessamos isso conscientemente.
Se essa é a característica da mente emocional, com um elemento representando outro, o raciocínio lógico não serve para compreendê-la. O que importa é a forma como percebemos; nossa percepção. Por isso podemos dizer que uma lembrança que é evocada pela percepção de algum fato vivido, pode ser mais importante do que o próprio fato.
Isso pode fazer com que alguns percebam que, em termos de emoção, as informações são guardadas como hologramas, em que uma parte evoca o todo.
Se solicito à você que se lembre de uma situação onde a sua percepção foi de injustiça, é provável que isso evoque toda a situação, e de tudo isso talvez o mais importante tenha sido o sentimento de algo injusto, e não necessariamente a situação em si.
Racionalmente, somos capazes de aceitar novas evidências para alterar ou substituir uma crença que tínhamos – a mente racional lida com fatos objetivos. Já a mente emocional considera que suas crenças são totalmente verdadeiras e descarta tudo que seja contrário. Os sentimentos se autojustificam por um série de percepções e ‘provas’ convincentes nos momentos em que são gerados.
É por isso que mesmo que por uma situação que hoje você considere fútil, que tenha acontecido na infância, você ainda pode deflagrar determinados sintomas e comportamentos, segundo o Dr. Hamer, pois para aquela associação não importa sua percepção de hoje, mas sim aquela da infância, que ficou registrada e é passível de ser evocada automaticamente pela mente emocional dadas às circunstâncias ideais.
Grande parte do desempenho mental diante de uma situação de hiperestresse é exigir da memória as opções para agir afim de que as mais relevantes fiquem no topo da hierarquia, para garantir nossa ‘sobrevivência’, e desta forma, possam ser mais prontamente acionadas. Como demonstra o Dr. Hamer, diante de um hiperestresse, cada percepção tem sua assinatura biológica característica e um padrão de alterações fisiológico comportamentais associado.
Cabe à quem utiliza das Leis Biológicas para compreender seus sintomas, além de identificar a percepção e a situação vivida, identificar os ‘trilhos’ ou ‘símbolos’ que a mente emocional registrou para compreender sua reação à eles.
As ferramentas que utilizo em consultório de modo associado ou separadamente, para auxiliar meus pacientes a compreenderes estes padrões e à transformá-los são a Microfisioterapia, a Terapia Craniossacral e o PSYCH-K®.
Sobre a autora:
Dra. Simone Carvalho
Fisioterapeuta Crefito 216935-F
- Formações Internacionais em Microfisioterapia (Francesa)
- Leitura Biológica (Nova Medicina Germânica)
- Terapia CranioSacral (SER2; TBS1) (USA)
- PSYCH-K® nível PRO (USA)
- Memória e Informação: Ciclos de uma vida (Francesa)