“…mães deprimidas tiveram mais probabilidade de ter bebês que choravam excessivamente e eram difíceis de consolar. E, quanto mais deprimida a mãe, tanto mais irritável o recém-nascido.”
“Quando eu era um feto de 7 meses, passei com minha mãe por todo processo de luto pela morte do meu irmão de 3 anos. Sob o relaxamento profundo da auto-hipnose, surpreendi-me gritando, certo dia, “Eu não queria que Charlie morresse” muitas e muitas vezes. Nem desconfiava que tinha essa idéia no meu subconsciente, nem que eu havia sentido a culpa e o luto de minha mãe”. (Relato de “O bebê do amanhã”)
Já atendi casos como este em consultório. Não é tão difícil assim estas memórias virem à tona quando estamos trabalhando de modo aberto e profundo nossas questões. Inclusive, gravei um áudio de auto-hipnose disponível gratuitamente pra quem quiser fazer esta experiência, recomendo sempre aos meus pacientes. Veja também este post Esclarecimentos importantes da auto-hipnose.
Num estudo com 1.123 mães, por Zuckerman e col. (1990), classificaram a depressão durante a gravidez por meio de índices de iniciativa, apetite, insônia e sentimentos de solidão. depois do nascimento, pediatras sem nenhum conhecimento da história pré-natal examinaram os bebês.
Descobriram que as mães deprimidas tiveram mais probabilidade de ter bebês que choravam excessivamente e eram difíceis de consolar. E, quanto mais deprimida a mãe, tanto mais irritável o recém-nascido.
As mães deprimidas tinham grandes quantidades do hormônio do estresse norepinefrina na corrente sanguínea, que atravessa a placenta e chega até a corrente sanguínea da criança por nascer.
Joels e Vreugdnhil (1998) observaram que a depressão durante a gravidez frequentemente continua como depressão pós-parto. E esse problema pode ser exacerbado por um bebê irritável: uma mãe deprimida que tem dificuldade de interagir e cuidar de seu recém-nascido pode ficar mais debilitada ainda com o choro incessante, alimentando o ciclo de depressão e tornando ainda mais difícil para a mãe e o bebê criarem um vínculo.
A menos que este sistema autorreforçador seja interrompido, é desencadeado um ciclo de depressão e irritabilidade, que começou no útero e continua após o nascimento.
Atendo frequentemente mães de bebês irritados, chorosos e de difícil consolo. A maioria delas sequer percebe que não está bem emocionalmente. Estão no automático, alimentando, banhando e trocando suas crianças, sem dormir direito, irritadas, não conseguem aproveitar a maternidade como deveriam. Precisam desesperadamente de ajuda.
Fico feliz em poder dizer que a Microfisioterapia é uma excelente abordagem para acolher mãe e filho que estão num ciclo depressivo. Este trabalho às vezes envolve todo o círculo de apoio da mulher e do bebê, e é fundamental para a superação deste quadro.
Se você não puder trazer seu filho pessoalmente até mim, também disponibilizo uma abordagem Online: a consultoria para Pais e Filhos ao redor do início da vida. Utilizo e ensino uma série de ferramentas, inclusive o Sleep-talk. Clique aqui para saber mais pelo WhatsApp.
Um caso de estresse gestacional
“Joanne tinha 45 anos e era mãe de 2 pré-adolescentes quando soube que estava grávida. Uma de suas filhas tinha dificuldades de aprendizado e exigia muita atenção. A mãe de Joanne estava morrendo. Ela tinha de trabalhar em regime integral para pagar as contas. Joanne não ficou alegre com a perspectiva de ter mais um filho. Seu estresse aumentou vertiginosamente quando soube que a medicação que tomou antes de saber da gravidez para uma infecção de bexiga estava associada à defeitos congênitos. Seu bebê reagiu à ansiedade movimentando-se freneticamente no útero.”
A exposição prolongada aos hormônios do estresse, entre os quais a adrenalina e o cortisol preparam o cérebro em formação a reagir na modalidade de luta ou fuga – mesmo quando desnecessário – ao longo de toda a vida. Esses hormônios tem tanto o efeito protetor quanto lesivo sobre o corpo, segundo McEwen (2000).
Outro estudo de Wadhwa (1998) descobriu a relação significativa do estresse pré-natal com baixo peso ao nascer e parto prematuro. Avaliando 90 mulheres, verificou que as mulheres que passaram por estresse elevado por acontecimentos que mudam a vida – mudança de emprego, mudança de status conjugal e mudança de casa – são as que mais foram propícias ao parto prematuro de bebês de baixo peso.
Por outro lado, a ênfase maternal na alegria e no amor banha o cérebro em desenvolvimento de endorfinas e neuropeptídeos como a ocitocina, que dão a sensação de bem estar, promovendo uma sensação permanente de conforto, segurança e contentamento.
Por essas evidências, Thomas Verny enfatiza que idealmente, o período gestacional deve ser planejado, desejado pelo casal, para a formação de seres humanos mais saudáveis físico, mental e emocionalmente, pela criança e por nossa sociedade.
A microfisioterapia, o Sleep-talk e a Leitura biológica podem ajudar mães e bebês que passaram por estresse pré-natal a liberar as memórias celulares e os possíveis efeitos do estresse prolongado.
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Abraços!
Dra. Simone Carvalho – Microfisioterapia e Fisioterapia Integrativa