Entenda através da teoria de Sheldrake porquê os padrões familiares se repetem ao longo de gerações, e o que fazer para quebrar padrões ruins com a Microfisioterapia
RUPERT SHELDRAKE é biólogo, bioquímico e autor de mais de oitenta artigos científicos e dez livros. Ele foi classificado como um dos 100 Maiores Líderes Globais em 2013, segundo o Instituto Duttweiler, Zurique, Suíça. Ex-membro pesquisador da Royal Society, estudou ciências naturais na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde concluiu o doutorado em bioquímica. Também estudou filosofia e história da ciência em Harvard. Foi membro do Clare College, em Cambridge, onde foi diretor de estudos de bioquímica e biologia celular. Atualmente, ele é membro do Institute of Noetic Sciences, na Califórnia, e do Schumacher College, em Devon, Inglaterra.
Rupert Sheldrake é um dos biólogos mais controversos de nosso tempo. As suas teorias não só estão revolucionando o ramo científico de seu campo (a biologia), mas estão transbordando para outras áreas ou disciplinas como a física e a psicologia.
Sheldrake postulou a hipótese mais revolucionária da biologia contemporânea: a da Ressonância Mórfica. As mentes de todos os indivíduos de uma espécie, incluindo o homem, se encontram unidas e formando parte de um mesmo campo mental planetário. Ele denominou esse campo mental de Campo Morfogenético, que afeta as mentes dos indivíduos e as mentes destes também afetariam ao campo.
“Cada espécie animal, vegetal ou mineral possui uma memória coletiva a qual contribuem todos os membros da espécie a qual formam”, afirma Sheldrake. Deste modo se um indivíduo de uma espécie animal aprende uma nova habilidade, será mais fácil para todos os outros indivíduos da dita espécie aprendê-la, por que a dita habilidade “ressoa” em cada um, sem importar a distância a qual se encontrem. E quantos mais indivíduos a aprendam, tanto mais fácil e rápido lhes resultará aos demais.
Ressonância mórfica: a teoria do centésimo macaco
Na biologia, surge uma nova hipótese que promete revolucionar toda a ciência
Era uma vez duas ilhas tropicais, habitadas pela mesma espécie de macaco, mas sem qualquer contato perceptível entre si. Depois de várias tentativas e erros, um esperto símio da ilha “A” descobre uma maneira engenhosa de quebrar cocos, que lhe permite aproveitar melhor a água e a polpa. Ninguém jamais havia quebrado cocos dessa forma. Por imitação, o procedimento rapidamente se difunde entre os seus companheiros e logo uma população crítica de 99 macacos domina a nova metodologia. Quando o centésimo símio da ilha “A” aprende a técnica recém-descoberta, os macacos da ilha “B” começam espontaneamente a quebrar cocos da mesma maneira.
O campo onde está conectada a informação genealógica, descreve Rupert Sheldrake, de um ponto de vista quântico: “Existem na natureza alguns campos chamados Morfogenéticos, os quais são como estruturas organizadoras invisíveis que modelam ou dão forma a tais coisas como plantas ou animais, que também têm um efeito organizador em contra partida”.
Estes campos morfogenéticos contém informações recompiladas de toda a história e da evolução passada, algo como uma “memória racial” de Freud ou o “inconsciente coletivo” de Jung ou o “circuito neurogenético” de Timothy Leary. A ressonância mórfica, o princípio de memória coletiva, pode ser aplicado ao estudo da árvore genealógica. Cada família têm sua própria memória coletiva a que todos os seus membros estão conectados e têm acesso.
A transmissão transgeracional ocorrerá pois neste campo mórfico há uma memória comum compartilhada por todos os membros de um mesmo clan, tenham ou não convivido nas mesmas coordenadas espaço temporais. Isso poderia ser uma outra forma de entender o inconsciente coletivo e o inconsciente familiar? Responderia porquê os segredos e os não dizeres de uma geração exercem esse tremendo efeito nas gerações seguintes?
Claudine Vegh, dizia que “vale mais saber uma verdade, ainda que seja difícil, vergonhosa ou trágica, que ocultá-la, porque aquele que se cala, é subordinado ou descoberto pelos outros e esse segredo se converte em um trauma mais grave a longo prazo”.
Anne Ancelin Schützenberger estudou a fundo:”Os duelos não feitos, as lágrimas não derramadas, os segredos de família, as identificações inconscientes e lealdades familiares invisíveis” passam para os filhos e os descendentes. “O que não se expressa por palavras se expressa por dores”.
Podemos nós, os descendentes, modificar essa informação armazenada no campo? A cura da árvore consiste em remover a repetição, compreendê-la, ou repetir-la de uma forma positiva.
Na Microfisioterapia, trabalhamos sobre a queixa do paciente. Se a queixa for um hábito que a pessoa carrega, um medo, ou padrões que ela tende a adotar que lhe tragam algum desconforto ou prejuízo e que ela queira trabalhar e compreender as razões pelas quais ela tende a tomar certas decisões, por exemplo, conseguimos encontrar a causa, a origem daquele determinado padrão, que por vezes pode encontrar-se na família. Trazendo a informação à tona e estimulando a autocura por assim dizer, a pessoa reúne então forças para mudar quaisquer padrões que tenham sido trabalhados, mesmo aqueles que têm sua origem na história de seu clã familiar.
Sobre a autora:
Dra. Simone Carvalho
Fisioterapeuta Crefito 216935-F
- Formações Internacionais em Microfisioterapia (França)
- Leitura Biológica (Nova Medicina Germânica)
- Terapia CranioSacral (SER1) (USA)
- PSYCH-K® nível PRO (USA)