“Sinto cada batida do meu coração dentro da minha cabeça”
Essa é uma maneira comum de descrever um sintoma ainda mais comum que sua descrição: as dores de cabeça pulsáteis. É sobre elas, especificamente, que escrevo neste post.
Num dia comum de trabalho, eu cheguei no meu consultório e me organizei para receber meu paciente. Tudo pronto, fui até a recepção buscá-lo. Vamos conversando em direção ao consultório e, na primeira oportunidade, ele fala de pronto:
“- Eu tenho dores de cabeça frequentemente e os remédios não ajudam quase nada, e o meus exames todos OK! Não sei mais o que fazer”.
Esse é um começo comum de muitas sessões. E de pronto, eu também pergunto: – “Mas sua dor de cabeça é pulsativa ou em pressão?”. Essa caraterística pode mudar tudo para mim, e para o paciente.
– “É em pressão Dra. Dói essa região da testa, fundo dos olhos, e as vezes aqui do lado – apontando para a “fonte”.”
-“Legal! – eu penso” Não o sintoma, claro, mas essas informações já me ajudam muito.
Existe uma boa notícia para quem tem esse tipo de dor de cabeça: é um sintoma de RESOLUÇÃO. Quer dizer que ele surge APÓS UM HIPERESTRESSE. Calma, eu explico.
São conceitos da Nova Medicina Germânica, você pode ler sobre isso no meu blog se quiser.
Basicamente, isso que você percebe como um problema – a dor de cabeça pulsátil, agoniante, e recorrente – não é DE FATO, o problema. Ele é uma tentativa biológica de resolução de um “problema” que aconteceu horas, dias, semanas… anteriores à sua crise.
Existem sintomas que surgem no momento em que vivemos um estresse Biológico, um Hiperestresse, como diria o Dr. Hamer, e sintomas que surgem DEPOIS. Esse tipo de situação aciona em nós instantaneamente e fora do nosso campo de consciência, um Programa Biológico de resposta, e ele tem um sentido sensato. E esse programa, provoca mudanças em nós nas seguintes esferas simultaneamente: em nossa Psiquê, nosso cérebro e, nossos órgãos.
Vamos à um exemplo. Você está saindo de casa às pressas para ir trabalhar. Seu cachorro escapa pelo portão – e ele não sabe andar na rua. Você se assusta vendo ele saindo, através do retrovisor do carro. Sai o mais rápido possível de dentro do veículo e mal consegue chamar o bixinho – você está com muito medo dele ser atropelado. Quando você chega próximo ao portão, vê um carro que quaaaaaase atropela seu amigo.
Ele congela na frente do carro, você perde as pernas e mal consegue gritar parado na frente do portão. Depois disso ele mesmo decide voltar e entra novamente pra dentro do quintal, você relaxa DO MEDO dele ser atropelado – afinal não aconteceu nada e ele já está seguro – massss….. sente que vai levar alguns instantes para se recuperar do susto. Horas depois… ou mesmo no outro dia depois de sair de casa sem que o evento se repita… PLIM! Sua cabeça começa a pulsar. E ah, se você ficou “catatônico” de “boca aberta” naquele momento, pode até ficar um pouco rouco – ou quase perder a voz naquele dia.
Isso aconteceu comigo. Quando amanheci rouca e com dor de cabeça… eu soube na hora. Foi o estresse biológico de um grande medo frontal, onde eu não consegui ser rápida o bastante e nem consegui sequer gritar o nome do meu cachorro – isso impactou minha laringe – emocional e fisicamente. A rouquidão, causada pelo edema nas cordas vocais e a pulsação que sinto na testa é devido à percepção urgente e “catatônica” da situação – o que ativou abruptamente minha tireóide, diga-se de passagem.
Mas isso tudo já havia passado. Eu re-li a situação, compreendi, e ressignifiquei. Não fiquei com o sintoma crônico. Caso o contrário, no outro dia, após sair para o trabalho de carro, sem que a situação se repetisse, eu poderia sentir a dor pulsativa na região central da testa e fundo de olho – referentes à tireóide e laringe – sem entender o porque. É como se meu cérebro entendesse: “Ufa! Você saiu de casa e o susto não aconteceu! Está tudo bem! – e PLIM! Dorzinha resolutiva.”
Isso pode acontecer quando você precisa entregar aquele relatório todo final de mês e é sempre a mesma correria, a mesma URGÊNCIA. Depois de entregue – batidas as metas ou não – vêm aquela dorzinha. A noção de urgência está atrelada à tireóide. Frequentemente, em pessoas que passam recorrentemente por esse tipo de “conflito”, há alteração na função desta glândula.
É claro que há inúmeras outras possibilidades. A noção de perceber UM SUSTO, UM MEDO, com a noção de URGÊNCIA, DE NÃO CONSEGUIR ABRIR A BOCA, são só duas delas. Mas é pra você entender que DOR PULSATIVA, surge num momento onde eu relaxo de alguma situação, que de fato era o problema – consciente disso ou não.
Mas porque o sintoma fica crônico?
Nosso cérebro é associativo. Ele passa por um primeiro evento, muitas vezes láaaaa na infância, interpreta a situação rapidamente – fora do nosso campo de consciência – e reage de uma forma. Ele percebe todas as possíveis ameaças, os perigos relacionados à essa situação, as “coisas” associadas ao evento. Horário, período do ano, datas, elementos como “o cachorro ao lado do portão quando estou no carro”, coisas que ele possa usar para identificar o perigo – e ele fica fazendo isso o tempo todo, é a função dele, te deixar em alerta de imediato se algum elemento desse surgir – dias, semanas, meses, anos após o primeiro evento. Ele vai “acionar” o programa biológico se isso acontecer, e se o “potencial perigo” percebido não se concretizar, PLIM! Sintoma de resolução! A dor de cabeça pulsativa é um dentre muitos sintomas resolutivos. A rouquidão também.
NO MEU CASO… meu cérebro releu a situação aos 4 anos de idade quando meu primeiro cachorro – o Bidu – fugiu, eu não consegui encontrá-lo e, depois de dois dias o encontraram atropelado. E foi nessa situação que eu trabalhei – mais de uma vez, pois foi um conflito grande para mim.
A natureza é ou não é perfeita!?
Aí, você toma remédio vasoconstritor, antidepressivo e ansiolítico, e sua dor não melhora. Seus exames neurológicos todos OK! “- Mas caramba!! – você pensa – como ninguém entende o que eu tenho!?”.
Talvez, você esteja procurando nos galhos, o que só vai encontrar nas raízes. Que tal tentar algo diferente?
Escrevi este texto de coração então, se lhe ajudou, compartilhe. Espalhe um pouco de amor, o mundo precisa. Deixe seu comentário, quero saber como isso lhe ajudou! No próximo falarei sobre as dores em PRESSÃO.
Aqui está um vídeo que gravei sobre esse tema, lá no YouTube!
Abraços,
Dra. Simone Carvalho