Herdamos as memórias emocionais da mesma maneira que herdamos a cor dos olhos, da pele, etc.
Toda emoção resultante de uma experiência pode ser transmitida de geração em geração. Essas experiências se gravam em nossa memória como emoções, se gravam em nossas células, nosso subconsciente corporal e nossa psiquê em forma de fragilidades e crenças.
O autor e cientista Bruce Lipton, Phd., teceu 256 páginas sobre o assunto em seu livro “A Biologia da Crença”. Ele explica fisiologicamente como nossas emoções transformam nossas células e podem ser repassadas através de gerações como memória celular e crenças limitantes.
Isso determinará como nós sentimos (nossa percepção de mundo e de vida), e portanto produz uma determinada energia que atrai determinadas situações e pessoas com as quais ressoamos e, que complementam esta mesma energia.
É como aquele dedinho do pé que insistimos em bater nas quinas, como se ele fosse atraído por elas. Essa é a razão pela qual se reproduzem determinados padrões que observamos em nossa história familiar. Temos uma fragilidade que faz surgir um terreno fértil para situações que sobrecaiam nesta fragilidade.
Ou suas situações de vida sobrecaem na maior parte das vezes sob os seus “pontos fortes”? Se sim, então você é uma excessão à regra.
E nesta mudança de percepção, ao introduzir novas informações e uma nova forma de ver nossa história pessoal e familiar, se produz uma mudança em nossas emoções e na energia que emanamos. E isto leva à uma mudança nas situações e pessoas que atraímos em nossas vidas.
Existe um período que vai desde alguns meses antes da gestação (concepção) até aproximadamente nossos 2 anos e meio, em que a criança se sente como sendo um único indivíduo com seus pais, fundido à eles, em especial à mãe.
A partir de aproximadamente 2 anos e meio, é quando a criança começa a se identificar como um indivíduo “separado” da mãe.
Neste período, tudo o que os pais sentem e em especial a mãe, a criança sente como próprio, como uma experiência com uma determinada emoção que considera própria e esta se incorpora dentro do seu sistema de crenças e subconsciente corporal. Neste período somos como esponjas, e é o período em que mais se produz o fenômeno chamado incorporação emocional.
Se por acaso sua mãe se sentiu excluída do sistema familiar e/ou social, você adquire esta mesma memória, sentindo-a como própria, e manifestando-a em seus anos posteriores como situações onde viva a memória da exclusão. Por exemplo vivendo situações onde se sinta isolado de sua família e/ou colégio, e/ou do entorno laboral/social/religioso.
A primeira infância, o período a partir destes 2,5 anos até aproximadamente 6 anos de idade, é o período em que somos mais maleáveis, moldáveis, e é neste período onde finaliza a configuração das nossas crenças estruturais.
A estrutura familiar que vermos em nosso lar será a estrutura que gravaremos e tenderemos a repetir ao longo de nossas vidas.
A incorporação emocional se produz quando temos empatia excessiva com a dor, sofrimento, de uma pessoa próxima à nós, quando queremos diminuí-lo, e ao ter esta intensão, o fazemos nosso. Sentimos essa dor como própria.
A solução é identificar estas marcas, e trabalhá-las para deixarmos de vê-las como próprias, deixar de ver como um sofrimento, e passar a ver e sentir como experiências que deram à essa pessoa e à nós uma oportunidade, um aprendizado que precisava ser vivido para transformar-se, para mudar, já que o sentido biológico do sofrimento é a mudança!
Tratando as marcas transgeracionais
Existem várias técnicas atualmente para trabalhar as questões que identificamos como tendo origem em nossa família e, que carregamos como fardos pela vida. O objetivo da maioria é ajudar a identificar estas marcas e mudar a percepção que lançamos sobre elas, bem como cortar determinados padrões indesejados que possamos estar seguindo inconscientemente.
O objetivo do tratamento na Microfisioterapia é ajudar a pessoa com a queixa que ela trouxer ao consultório, seja física ou emocional. Esta ajuda vêm através de uma “conversa terapêutica” entre as mãos do fisioterapeuta e o corpo do paciente.
É possível identificar fragilidades físicas e emocionais e suas origens, que podem vir desde o período antes da gestação, e estar diretamente ligado com estas heranças transgeracionais.
A tomada de consciência somada ao estímulo físico corporal ajudam o corpo e o subconsciente corporal no processo de mudança da percepção sob aquela dificuldade, fragilidade ou sintoma, bem como mudanças fisiológicas dos tecidos que apresentam sintomas físicos.
E essa mudança da percepção muda nossas emoções, a forma como nos percebemos e percebemos nosso redor, as energias que emanamos e, consequentemente os padrões de situações e pessoas que atraímos.
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Texto adaptado de Corina Ramos
Sobre a autora:
Dra. Simone Carvalho
Fisioterapeuta Crefito 216935-F
- Formações Internacionais em Microfisioterapia (França)
- Leitura Biológica (Nova Medicina Germânica)
- Terapia CranioSacral (SER1) (USA)
- PSYCH-K® nível PRO (USA)